Um final de semana, pós feriado.
Duas noites, um dia e meio.
Após o feriado de trinta e um de maio que não me recordava.
Organizar, preparar, se unir. Fomos celebrar o aniversário do meu sobrinho no interior.
Minha irmã escolheu um parque para fazer a festa surpresa. Surpresa fiquei eu, ao chegar lá.
Estar em um lugar construído há anos!
Uma construção de 1872 (para ser mais exata), está em pé (mesmo que para reconstrução). Fiquei pensando como em 2024 algumas recentemente construídas, não estão?!
Antigamente, olhando aquela construção que era trabalhada no todo. Era inteligência. Não havia espaço para "dar um Google” ou fazer uma busca no Youtube: “como que faz isso?”. Não eram segundos e cliques, eram anos e anos para se chegar ao resultado final. Era estudo, conhecimento, busca de inovação. Era criação na essência, feita de braços e trabalho, muito provavelmente por mãos mais simples, talvez forçadas...
Mas se fazia, construía, criava, existia e tinha durabilidade.
Quão bom é olhar e refletir sobre o passado.
O que antigamente tinha do que hoje têm. Não é um comparativo entre melhor ou pior, mas totalmente diferente. Os braços que eram utilizados, a inteligência, o humano – num todo, com maestria.
Lembrei da cultura japonesa, onde idosos e crianças são respeitados como iguais, lado a lado. A ancestralidade milenar, com o que virá, o futuro. O futuro pode unir o que foi feito, valorizar, lapidar até, ou com base nele, criar algo novo. União. Enfim, não foi só uma casa antiga construída, que me trouxe essas reflexões.
A história, o tempo...
"Não ignoramos os antigos."
Uma das respostas que vem à mente. E assim, entre sol e vento frio, uma tarde de outono:
Sol, vento, frio, sol.
Olhos de turista, de contemplação.
Choro de criança, riso, ser chamada, choro, riso
A soma não chega a resultado, está mais perto de vida, viver na sua completude.
Espaço ao redor da natureza, que antes era um hospital.
Fiquei pensando que segue com sua ideia de origem: salvar. A natureza, plantas, os olhos, crianças, adultos, almas... com mudas, playground, sapatos no canto, pés ao vento:
Sentimento.
A beleza do simples, aconchegante.
"Porque onde está o teu tesouro, lá está seu coração. Olhar... Se temos olhos, porquê não ver?!"
Tivemos momentos de respiro e reencontro, celebramos sua vida meu sobrinho. Coisa boa é estar de olhos e ouvidos atentos, e sempre que possível ser para quem ama: presença.
Quem sabe na sua pausa...
Que tal um filme de romance "clichê", mas que deixa a gente com aquele sorriso bobo nas cenas?! Foi este Uma ideia de você
Um filme que me deixou com reflexões profundas (sem spoilers), quanto do que decidimos após a maternidade é realmente sobre nós? Quem nos tornamos após ser mãe? E independente da maternidade, para as mulheres refaço a pergunta: Quantas de nós, fazem escolhas pautadas em nós mesmas? Sabemos realmente quem somos ou percebemos como nos deixamos pelo caminho e mesmo assim vamos seguindo... Um filme que também, mostra o impacto negativo da rede social com pessoas sem freio (sem noção), o peso do julgamento... E dos próprios questionamentos que muitas mulheres sentem: uma cobrança excessiva e cruel sobre o corpo...
Gosto dessa atriz, Anne Hathaway, sempre lembro da sua atuação em O Diabo Veste Prada, aliás, outro filme incrível. Assistir este filme, foi lembrar algo que fazia antes da maternidade com certa frequência: ver romances que muitos consideram “clichês” haha . Ok, parei! Se puder, assista e se o fizer, me conta?!
Que se torne um hábito fazer algo que gosta ou relembrar o que te traz satisfação.
Meu convite semanal: pausa, encontro, seu reencontro.
Até semana que vem, abraço!
Raquel Francisco.