Edição #extra!
Olá!
Passando com esta edição extra usando este espaço para dar voz para quem veio antes de mim. Hoje, um dos avanços e conquistas é ter este espaço, usar meu nome, ter voz através da escrita da qual sou uma aspirante!
Carolina Maria de Jesus
A vida é igual um livro.
Só depois de ter lido, é que sabemos que o encerra.
E nós, quando estamos no fim da vida é que sabemos
Como a nossa vida decorreu.
A minha, até aqui, tem sido preta.
Preta é a minha pele.
Preto é o lugar onde eu moro.
Tantas vieram antes de mim. De uma Maria eu nasci. Ela que é sorriso, cantoria, cheia de força, garra e fé irretocável. E haja fé para educar, criar quatro filhas na favela, periferia, comunidade (muda o lugar usar um adjetivos?!) enfim… para além disso, diante das adversidades, faltas, o preconceito…
Repito: de uma Maria eu nasci. Escolha… Há pouco tempo atrás, mulheres não tinham noção do significado dessa palavra e dependendo do País que nasce, de onde nasce, da família, da cor da pele… seguem sem ter (…) Sei de onde vim. Honro minhas raízes, origens e por “fim”, quem de nós não se sentiu retalho?!? Deixo mais um que me tocou:
Cris Pizzmenti
“Sou feita de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior… Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade… Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.
E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados… Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.
Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.
E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de ‘nós’ ”.
Mulheres, Feliz nosso dia (todos os dias!), que escrita, música, flor… são pequenos diante do nosso valor, natural amor. mas aceiro de bom grado e tom. Que cada passo seja dado ciente que Existimos&Resistimos, cada uma à sua maneira, buscando ser dentro de si, mesmo que retalho por retalho: inteira!
Abraço e te encontro semana que vem,
Raquel Francisco