O que está invisível aos olhos
Flores que nascem, após um tempo indeterminado de cultivo, regadas com água e momentos de incerteza se estava no caminho certo ou não. Me faz pensar: a urgência por resultado ou em cruzar a linha de chegada, pode trazer perdas e cobranças que só nos afastam de seguir o caminho individual, que portanto, precisa ser percorrido com os próprios pés, à sua maneira.
Dias atrás, fiz uma lista de alguns momentos da semana:
Uma caça à dentes de leão, que são assoprados em dupla, com disputa.
Ganhar uma flor, de um ser miúdo, mas cheio de vida e peraltices.
Pausa para estar com pessoas queridas e se conectar com o lado da mulher que não precisa ser ignorado ou julgado. União bonita é conseguir olhar para si e suas versões com respeito e talvez até, admiração.
A vida é construção, não?!
Se olharmos bem, a vida pode ser simples como uma caixa de papelão, mas nos escondemos dela e tem o fato dela ser complexa como um labirinto.
E na delicadeza da borboleta, que faz uma visita na correria da rotina diária do cuidado, cuidar e tornar da casa um lar (algo que parece óbvio, mas é desafiador), ela - dona borboleta. Me faz lembrar que por mais que tenhamos planos e sonhos, a pressa causa problemas ou potencializa um peso não visto e incalculável na carga emocional e mental...
Exercício diário ou não, apreciar e manter-se atento aos detalhes, faz diferença, por vezes nos resgata de lugares sombrios. Afinal, o que está invisível os olhos, mas segue sendo sentido: importa!
Talvez tenha esperado nosso encontro ontem, feriado (mesmo que não fosse nacional), perfeito para uma pausa com ou sem café né?! Porém, o “bichinho” da escrita, do que partilhar que trouxesse sentido pra mim… Não tinha me picado. Fazer por obrigação, não tem sido meu lema aqui, no nosso espaço, encontro.
Algumas questões vão se tornando mais claras à mente e nem sempre nessa ordem, mas ficam mais visíveis aos olhos. Fazer o que faz sentido, o que te dá sentido?
Quem sabe na sua pausa…
Li este texto Contratempo da
“A água sobe e chega ao meu ápice. Quanto vale uma ilusão? Como chegar na areia?
(…) Mas eu não sou onda. Não sou o mar. Não sou a água.”
Me despertou tantas questões…que só lendo para compreender e a maneira que ela consegue falar de questões serias, como o câncer, me dando outro olhar, realmente, um despertar. Obrigada por tanta entrega de sentir e escrita Bruna!
Que se torne um hábito fazer algo que gosta ou relembrar o que te traz satisfação.
Meu convite semanal: pausa, encontro, seu reencontro.
Até semana que vem, abraço!
Raquel Francisco