Um dia me achei pequena...
Tocar a vulnerabilidade. Olhar a percepção de nós mesmos e aquela busca por aprovação. Quem já se sentiu assim?! Vem comigo nessa escrita meio poética, meio crônica... aberta.
Um dia eu me achei pequena.
Não como uma criança
ou na miudeza do recém-nascido.
Também não era menor que uma pessoa de um metro e oitenta ou de um metro e sessenta.
Pequena diante dos outros, de todas as pessoas.
Pequena, feia, sem graça...
Aquele ditado antigo:
"Sem sal e sem açúcar." Me fez jus.
Talvez tenha sido em silenciar os sentimentos.
Disfarçar emoções. Emoções que se tornam hábito de sorrir mesmo com coração ferido e cabeça pulsando estresse, angústia ou solidão.
No pequeno grão de mostarda, olhei atenta e então senti: fé.
E com fé veio o medo, não o que nos deixa alerta, o que bloqueia e logo, eu voltei a me sentir: pequena.
Sentir-se pequena traz baixa autoestima
Insegurança, frustração, idealização e logo não se confronta a realidade, vive no paralelo e sobreviver, se torna indiferente, é consequência.
Sentir-se pequena diante de águias; mais vulnerável.
Aos leões; presa.
Aos arrogantes; prepotência.
Aos que gritam; voz mais aguda, grave.
Aos violentos; desprezo nas pequenas e impactantes ações.
Um dia eu me achei pequena.
Porém, mesmo com meus pequenos passos, caminhei.
Com meus miúdos movimentos, segui. Procurei caminhos certos e respostas fora (eis o encontro com a falta de confiança, insegurança e busca por aprovação), que perigo!
(...)
Até perceber que era DENTRO, que encontraria a saída.
Um dia eu me achei pequena, e neste dia fui gigante. Porque cheguei onde queria, mesmo olhando para baixo, afim de não me esquecer das minhas origens honrosas e não perder a humildade.
De passo em passo, pouco a pouco que se cresce e às dores do percurso, também fortalece.
Uma mente viajante, com muita esperança, fé que dão significado e habita só dentro de mim.
Sigo pequena, mais tenho um coração gigante. Um dia eu me achei pequena e mesmo assim: segui.